A Síndrome de Peter Pan não tem nada a ver com ser fã dos contos do Peter Pan, mas é um problema comportamental que atinge boa parte das pessoas, sejam homens ou mulheres, e atrapalha bastante o relacionamento.
Tem tudo a ver com a imaturidade psicológica e com o narcisismo de algumas pessoas. Pessoas que sofrem dessa síndrome geralmente são rebeldes sem causa, recusam-se a envelhecer, não têm preocupações ou responsabilidades, fazem o que lhes dá na telha na hora que têm vontade e sem se preocupar com as consequências de seus atos.
Essas pessoas são costumeiramente chamadas de inconsequentes e costumam ferir muito os sentimentos de quem está à sua volta, agindo com desrespeito e dando prioridade única e exclusivamente para seu próprio umbigo.
O único objetivo delas é manipular as pessoas para ter o que tanto querem em troca. Só sabem pedir e exigir, nunca oferecem nem fazem nada para alcançar seus objetivos. São acomodadas e insatisfeitas, mas nada fazem para reverter essa situação. Quando estão erradas também dificilmente assumem a responsabilidade e nem sabem pedir desculpas e, quando o fazem, nunca soa com sinceridade e naturalidade.
Você conhece alguém assim? Ou você ao se olhar no espelho se enxerga assim? Se sim, você sofre da síndrome de Peter Pan e precisa sair dessa já! Saiba como superar a síndrome em alguns passos.
Encarar a realidade
O primeiro passo e talvez o mais difícil para superar a síndrome de Peter Pan é encarar a realidade, entender o problema e identificar-se com ele, ou seja, assumir que você tem a síndrome e que agir dessa maneira não condiz com a sua idade.
Se você não é mais criança, nem pré-adolescente, você já passou da fase de ser imatura e agir com irresponsabilidade. Por isso, perceba que isso apenas irá fazer mal a você e às pessoas à sua volta. Ter dimensão do mal você já causou pelos seus atos é primordial para essa aceitação e para começar um processo de cura.
Estabeleça limites
Pessoas imaturas só ficam na “linha” quando estabelecem limites. Ao invés de ter de ouvir um não severo, diga você mesmo um “não” interno quando perceber que está passando dos limites em alguma situação. Assim, você evita o desgaste alheio e antecipa-se aos problemas.
Crie na sua cabeça ou em um papel sua própria lista do que pode ou não fazer, segundo sua noção de certo e errado e estabeleça limites mesmo para as coisas consideradas certas. Tudo que é extrapolado ou excessivo demais não é saudável. Você tem que procurar um equilíbrio em tudo na sua vida.
[sc:artigos_relacionados]Colocar-se no lugar do outro
Uma técnica que sempre funciona para se tornar uma pessoa mais generosa e altruísta é colocar-se no lugar do outro. Se para você está tudo certo nas suas atitudes, conduta, falas, postura, etc, troque de lugar com a outra pessoa que se relaciona com você, seja uma amiga, familiar ou seu namorado. Veja se você estaria contente com a outra pessoa se ela agisse da mesma forma que você agiu.
As coisas costumam mudar completamente de figura, a mente costuma clarear bastante e as pessoas passam a ser menos difíceis quando enxergam as situações de um outro ponto de vista. Além de se colocar no lugar do outro, para ver as coisas de uma outra perspectiva, você pode também observar a situação de fora, como se não estivesse envolvida nela e assim criar uma opinião sobre o assunto. Você pode se surpreender com o poder dessa técnica.
Dar mais do que receber
Se você está acostumada a ser mimada, receber presentes e tudo mais, tente fazer o oposto para superar a síndrome de Peter Pan. Primeiro, não fique esperando nada de ninguém, nem peça por isso. Se receber, tudo bem, seja grata e generosa no seu agradecimento, mas procure dar algo em troca. Segundo, surpreenda alguém querido com um presente fora de época, inesperado. Veja como isso te faz bem.
Às vezes, ver outra pessoa sorrir pode ser mais gratificante do que sorrir para si mesma. Fazer o bem para os outros, mesmo que em pequenas ações, pode trazer bem estar, tranquilidade e mais vigor na sua vida, além de ajudar no seu processo de amadurecimento interior e recuperação da síndrome de Peter Pan.
Assumir a culpa
Essa é talvez uma das atitudes mais complicadas para quem sofre com a síndrome do Peter Pan. Responsabilizar-se pelos próprios atos e assumir um erro exige muita coragem e maturidade e é realmente muito difícil. Sempre é mais fácil apontar o dedo para outra pessoa ou omitir tudo.
Mas, acredite, isso a longo prazo não será bom pra você nem para quem se relaciona com você. Tenha peito para dizer que errou e pedir desculpas, com certeza essa atitude será muito mais bem vista do que uma omissão, por exemplo. Além de se sentir melhor consigo mesma, você irá ganhar a admiração das pessoas.
Valorize os outros
Mulheres com a síndrome de Peter Pan podem ser bem narcisistas, admirando sua própria beleza e seus atributos atrelados ao físico e à personalidade. Claro que todas as pessoas precisam se amar, mas quando isso ultrapassa as barreiras da sanidade é preciso cuidado.
Procure saber além dos seus pontos fortes, quais são também seus defeitos e pontos fracos e saiba admirar o que de melhor existe nos outros, sejam aspectos físicos ou abstratos. Valorizar os outros é o contrário de menosprezar e isso é essencial para uma vida harmônica em sociedade.
Deixe hábitos infantis de lado
Quem sofre da síndrome de Peter Pan costuma se apegar a hábitos infantis que não condizem mais com sua idade, círculo social e estilo de vida. É importante deixar isso no passado para poder seguir em frente e agir com mais maturidade frente às situações do dia a dia.
Claro que você não precisa matar por completo a criança que existe em você e se tornar uma pessoa amargurada, carrancuda, de mal com a vida, nem nada disso, mas pare de fazer piada de tudo, de levar tudo na brincadeira, de se vestir como adolescente, agir como uma rebelde sem causa ou frequentar lugares que não têm nada a ver com você. Saber adequar-se ao melhor meio e ao seu habitat irá contribuir para acabar com a síndrome de Peter Pan de uma vez por todas.
Terapia psicológica
Esse deve ser o último recurso a ser utilizado. Claro que fazer terapia deveria ser pré-requisito para qualquer pessoa que quer se tornar um ser mais sociável, mais feliz e autoconfiante, mas se você não dispor dos recursos financeiros para isso, você pode tentar todas as dicas anteriores.
Com a ajuda de amigos e familiares e com a motivação certa você chegará lá sem o auxílio de um profissional. Porém, existem casos que extrapolam o normal e certas mulheres podem não aceitar a realidade ou ter recaídas constantes. Neste caso, o melhor realmente é procurar ajuda de um especialista e iniciar um tratamento para sair dessa pra sempre.
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