Traição

Os 5 Tipos Diferentes de Traição Explicados

Pergunte a 10 pessoas o que “conta” como traição e você provavelmente obterá 100 respostas diferentes. “A infidelidade é uma área cinzenta porque indivíduos diferentes têm seus próprios limites e ideais para relacionamentos românticos”, diz Dana Weiser, professora assistente na Universidade Texas Tech, Estados Unidos.

Embora você possa considerar enviar mensagens de texto para um ex como traição, outras pessoas podem não considerar isso como traição até que a relação sexual esteja envolvida. “Na verdade, se alguém está em um relacionamento consensualmente não monogâmico sendo fisicamente e sexualmente envolvido com outro indivíduo, provavelmente não seria considerado infidelidade”, diz Weiser. Ficou complicado? Nós explicamos.

Apesar de toda aquela “área cinzenta”, há certas categorias nas quais a infidelidade é com certeza considerada como infidelidade – seja você monogâmico, não-monogâmico, hétero ou homossexual.

A traição normalmente envolve pelo menos um desses três elementos: sigilo, envolvimento emocional e atração sexual, escreve Esther Perel, especialista renomada em relacionamentos. Na verdade, a traição geralmente é definida menos por um comportamento específico e mais pelo elemento de se esconder aquilo.

Em um estudo recente publicado na revista “Personal Relationships”, Weiser e seus colegas exploraram como as pessoas definiam a traição e descobriram que “é o segredo e as omissões que parecem ser realmente centrais para as definições de infidelidade”, diz ela.

Como os casos de infidelidade são tão únicos quanto os casais, perguntamos aos especialistas sobre os diferentes tipos de traição e como eles podem se parecer em relacionamentos reais. Confira:

1. Estar “fisicamente íntimo” fora do seu relacionamento

A infidelidade física é bastante autoexplicativa. “É tipicamente interpretado como qualquer tipo de toque, beijo ou comportamento sexual com uma pessoa que não é seu parceiro exclusivo”, diz Weiser.

Mas a infidelidade física não é apenas presente quando se é monogâmico. “Muitas pessoas assumem que não existe tal coisa como trair em um relacionamento não monogâmico, mas é claro que não é assim”, diz Matt Lundquist, um terapeuta de relacionamento. “Mesmo em relacionamentos abertos, alguns casais têm restrições de gênero ou restringem o sexo com alguém que seu parceiro conhece (ou não conhece)”.

A chave, Lundquist diz, é “falar explicitamente sobre o que é permitido e o que não é em torno de sexo e relacionamentos íntimos de todos os tipos”.

2. Ter sentimentos por outra pessoa

A infidelidade emocional é uma forma diferente de ultrapassar essa linha da traição. “Pode se referir a gostar, amar ou ter sentimentos românticos por uma pessoa que não é seu parceiro exclusivo”, explica Weiser.

Assim como os limites precisam ser discutidos em torno dos comportamentos sexuais considerados físicos em seu relacionamento, as conexões emocionais também devem ser discutidas.

“Com todos os tipos de casais, há uma conversa importante em torno da transparência”, diz Lundquist. “Ter um relacionamento próximo com alguém que seu parceiro não conhece ou que não conhece seu parceiro (ou que ao menos saiba que você tem um parceiro) não é justo com nenhuma das partes quando você passa dos limites impostos”.

Para ser claro, não há nada de errado em ter relacionamentos emocionalmente íntimos com outras pessoas além de seu parceiro. A questão da traição entra em jogo quando essas relações não respeitam seu parceiro, diz Lundquist.

Em outras palavras, se você está tendo uma relação emocional com outra pessoa pelas costas do seu parceiro – algo que você sabe que pode ser doloroso para ele – isso com certeza entra no território de infidelidade emocional.

3. Fantasiar sobre outra pessoa

Ter fantasias – mesmo quando você está em um relacionamento – é totalmente normal. Quando é compartilhado com seu parceiro, isto é, diz Lundquist.

Fantasias saudáveis ​​entram no território da infidelidade quando podem levar a “comportamentos inseguros ou desonestos”, diz Lundquist. Por exemplo, se a sua fantasia é mais uma tentação de ver como seria ficar com aquele cara interessante no happy hour com os amigos e menos como algo que você realmente fantasia e sabe que não irá acontecer, isso pode ser um problema.

4. Esconder informações financeiras

Como a traição está tão enraizada na questão do sigilo e da omissão, “deixar de informar um parceiro sobre questões financeiras ou decisões que afetam ambas as partes” pode ser uma espécie de infidelidade, diz Lundquist. Sim, você pode trair financeiramente.

Se você e seu parceiro concordaram em economizar para um casamento, mas você está fazendo compras escondido, você não está honrando o acordo.

5. Ter hábitos secretos nas mídias sociais

“A infidelidade, seja através de mídias sociais ou se facilitada por elas, está se tornando muito comum”, diz Weiser.

A infidelidade nas mídias sociais pode ter duas formas. Primeiro, a abertamente sexual. Se você está curtindo postagens sugestivas de um ex, ou até mesmo checando seu antigo perfil do Tinder, todos esses comportamentos caem na área cinzenta da traição em mídias sociais.

A outra forma de infidelidade nas mídias sociais pode ser vista como uma traição quando você ou o seu parceiro não sai do celular. “Olhar para o seu celular e suas mídias sociais quando você deveria se conectar com o seu parceiro” sugere que você está tendo um relacionamento mais profundo com o Instagram do que com o seu parceiro real, diz Lundquist.

A conclusão: como trair pode significar coisas diferentes para pessoas diferentes, “é importante discutir abertamente quais são seus limites e o que você considera como infidelidade, sempre. A comunicação é a chave”, diz Weiser.

Você considera basicamente o quê como traição? Já foi traída por algum parceiro ou já traiu alguém de alguma forma? Comente abaixo!

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