Ler 50 Tons de Cinza Não Faz Bem às Mulheres, Conclui Estudo

Não há como negar que a série de romances eróticos 50 Tons de Cinza, da escritora britânica E. L. James, foi um verdadeiro sucesso internacional, tanto que ultrapassou a barreira das 100 milhões de cópias vendidas no mundo todo, e deu origem inclusive a um filme estrelado por Dakota Johnson e Jamie Dornan, que estreou em janeiro deste ano e arrecadou US$ 500 milhões ao redor do mundo.

Entretanto, também não dá para deixar de afirmar que muita gente virou a cara para a história de amor submisso, sadomasoquista e um tanto quanto machista. E para não dizer que isso é fruto de pura implicância ou moralismo dessas pessoas, uma pesquisa feita na Universidade do Estado de Michigan, nos Estados Unidos, comprovou que a leitura do livro realmente não é muito benéfica às mulheres.

Para chegar a essa conclusão, os estudiosos, liderados pela pesquisadora Amy Bonomi, primeiramente compararam o relacionamento dos protagonistas do livro, Anastasia Steele e Christian Grey, com o que o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que faz parte do órgão de saúde do governo americano, considera como violência interpessoal.

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O entendimento deles foi que a relação do casal principal do livro é “emocionalmente abusiva” e que contém “perseguição, intimidação e isolamento”. Além disso, eles também afirmaram que a mocinha sofre de estresse, distúrbio de identidade e sensação de impotência.

Depois disso, para saber se o romance poderia influenciar de alguma forma as suas leitoras, Bonomi e sua equipe entrevistaram 655 mulheres, das quais 33% tinham lido pelo menos um livro da trilogia 50 Tons de Cinza, de 18 a 24 anos de idade, questionando-as em relação a seus hábitos alimentares, consumo de álcool e vida sexual.

Foi aí que eles descobriram que as mulheres que tinham lido a série deram maiores relatos acerca de envolvimentos com namorados violentos, sobre distúrbios alimentares e casos de embriaguez. Além disso, as leitoras do romance erótico tinham tendência de possuir um número maior de parceiros sexuais do que as outras entrevistadas.

“A pesquisa mostra uma forte relação entre a saúde das mulheres e o consumo do livro. Entre as que já experimentam algum comportamento de saúde adverso (ex: distúrbio alimentar), ler 50 Tons de Cinza pode reafirmar essas experiências e agravar o trauma. Já as mulheres saudáveis podem passar a achar normal esse tipo de comportamento”, afirmou o estudo.

Além disso, de acordo com a pesquisa, narrativas da cultura popular como a de 50 Tons de Cinza, que apresentam a violência contra a mulher, dão a impressão de que esse tipo de abuso é algo normal. Quando na verdade, ele deveria ser combatido por esses produtos midiáticos que atingem grandes massas mundiais.
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Você leu algum livro da série 50 Tons de Cinza? Identificou-se com a personagem, ou ao menos despertou em você fantasias como a que ela vive? Comente abaixo.

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3 Comentários

  1. Aghata Venns

    Como assim violência? O fato do acontece com Cristian e Anastásia aconteceria dentro ou fora do mundo BDSM. Sinceramente li 50 tons e não concordo com a pesquisa. tenho um parceiro, não tenho vontade de ter outro. E o livro só me fez aflorar o que tenho de melhor. Por que sera que o fato de se ter prazer na dor é tão estranho para as pessoas? Por que se submeter é tão ruim? Quando se quer tanto isso? Quando isso faz bem a outra pessoa? Em um mundo onde quando não fazemos o que o resto da sociedade quer não somos normais. Estou lendo atualmente “Veronika decide morrer”. E mostra a liberdade de uma maneira totalmente diferente. Mas enfim. estou sem tempo. tenham uma boa noite.

    • Concordo, cada um tem a sua escolha, já li os três, mais o último, que é pela visão dele é gostei, não tenho vontade de sair com outros homens, só com o meu. cada um sabe o que lhe dá prazer.

  2. Aghata Venns

    Como assim violência? O fato do acontece com Cristian e Anastásia aconteceria dentro ou fora do mundo BDSM. Sinceramente li 50 tons e não concordo com a pesquisa. tenho um parceiro, não tenho vontade de ter outro. e o livro só me fez aflorar o que tenho de melhor. Poe

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