Ter um orgasmo deve ser considerado um direito de nascença de uma mulher. Afinal, o que pode ser melhor do que um bom orgasmo cheio de dopamina sendo bombeada através de nossos corpos? Mas, infelizmente, para nós mulheres, os orgasmos podem ser difíceis de alcançar, principalmente porque os homens foram ensinados a se preocuparem apenas com eles e nos deixarem de lado. É hora de mudar isso!
De acordo com um estudo recente no “Archives of Sexual Behavior”, apenas 65% das mulheres são capazes de ter orgasmos durante o sexo. Pior ainda, na verdade, há mulheres que passaram a vida inteira sem experimentar um orgasmo, nem mesmo através da masturbação.
Elisabeth Lloyd, professora de biologia e professora afiliada do Instituto Kinsey nos Estados Unidos, estudou esse fenômeno enquanto trabalhava em seu livro “O caso do orgasmo feminino”. Através de sua pesquisa, Lloyd concluiu que 11% das mulheres não estão conseguindo atingir o orgasmo, nunca.
Lutar para experimentar algo que vem naturalmente para muitas mulheres pode parecer frustrante, embaraçoso e talvez até um pouco vergonhoso para você, mas se você cair nessa categoria de mulher, você também provavelmente lidou com a questão de se perguntar se você deve ou não dizer ao seu companheiro sobre as dificuldades que você tem com isso.
Muito bem, sem sombra de dúvidas nós e a terapeuta sexual e criadora da “Finishing School”, Vanessa Marin, dizemos que é hora de você falar com ele.
Marin sugere ir falando um pouco sobre tudo antes de chegar a falar exatamente do seu orgasmo. Se você está lendo isso, provavelmente está preocupada e não sabe como falar com seu parceiro, o que já aponta que a comunicação entre vocês não é muito boa. Dito isto, você pode então começar falando sobre as suas expectativas no sexo, sobre como gostaria que ele fizesse uma ou outra coisa, e fazer com que ele comece a explorar coisas que serão boas para você e que irão começar a ajudar você a chegar lá.
“Se você está com um novo parceiro, você pode dizer algo como: ‘Só para você saber, eu nunca tive um orgasmo antes, então não vamos fazer desse o nosso maior objetivo por enquanto, ok?'” Este passo é importante porque colocar o foco no clímax pode realmente piorar as coisas, fazendo com que seu corpo se agite e forme um bloqueio mental.
Quando seu problema está em aberto, você pode entrar em uma situação sexual sem pressão, permitindo que sua mente se torne uma esponja que absorva todas as diferentes sensações que estão acontecendo durante as preliminares e durante a relação. E no momento em que você se sente aberta e relaxada, o orgasmo poderá acontecer de maneira mais fácil.
Se você já está em um relacionamento de longo prazo, Marin também tem algumas dicas sobre como abordar o assunto com o seu parceiro.
“Seu parceiro pode ficar chateado inicialmente [quando você diz a ele a verdade], mas você pode deixar claro que nunca teve a intenção de ferir os sentimentos deles”, e afinal, quem está mais chateada com isso tudo, com certeza, é você. “Deixe-o saber por que você fingiu orgasmos até hoje, se foi porque não queria magoá-lo ou porque você simplesmente se acostumou a fazer isso em suas relações anteriores”.
A conversa com o seu parceiro pode ser o primeiro passo para realmente experimentar um orgasmo durante o sexo, mas Marin acredita que você precisa “se conhecer melhor” antes de procurar ajuda do seu parceiro; então, não tenha medo de se masturbar.
“É muito difícil aprender como ter seu primeiro orgasmo com outra pessoa”, explica Marin. “Mas ainda assim, aprender sobre o seu corpo e o seu prazer é a experiência mais poderosa e emocionante que você pode ter”.
E, no caso de o seu primeiro orgasmo não ocorrer muito facilmente com seu parceiro, a masturbação também tem muitos outros benefícios potenciais. De acordo com especialistas, a masturbação pode ajudar você a dormir, a reduzir o estresse, a aliviar a tensão e a acalmar as cólicas menstruais, para citar apenas alguns benefícios. E, é claro, tocar-se pode também melhorar sua vida sexual e sua experiência com o seu próprio corpo, afinal, o conhecimento é poder.
“Uma vez que você sabe o que funciona para você, você pode mostrar ou dizer ao seu parceiro do que você gosta e como você gosta”, diz Marin.