Você nem sequer sabe o que aconteceu. Uma manhã, depois de uma noite maravilhosa com um alto grau de paixão e intimidade, provavelmente depois de um café da manhã sob um sol brilhante, ele disse algo no sentido de “Eu acho que nós deveríamos morar juntos.” E foi assim.
E então você começou sua ofensiva. Comandos como “leva isso para lá” e “você não precisa mais disso!” foram dados. Encheu a casa dele com seus produtos de higiene pessoal e roupas, e ele se rendeu.
Morar junto será uma grande mudança no seu relacionamento. Irá testar suas habilidades de compromisso, tolerar as manias de cada um para encontrar o seu equilíbrio como um casal e, em última instância, será o árbitro de se o seu relacionamento pode sobreviver a isso ou não.
A escritora Sophie Osborne dá uma olhada em como sobreviver ao se mudar com a sua outra metade. O que parece ser uma das decisões mais fáceis a ser tomada, muitas vezes pode levar a discussões sobre as coisas mais triviais.
Com dicas de especialistas, exemplos da vida real e alguns conselhos, descubra como se mudar e morarem juntos e não acabar caindo fora.
Devemos morar juntos?
Então, você está apaixonada e adora estar na companhia do seu parceiro? Talvez você esteja começando a pensar em um futuro sob o mesmo teto? Morar juntos é uma grande e muitas vezes assustadora ideia. É natural sentir intimidade pelas mudanças.
Sabendo se você está pronta
Às vezes, a fusão pode ser gradual. Um par de calças de emergência e uma escova de dentes muitas vezes acaba ganhando uma gaveta.
Dormir sempre na casa dele, ou ele na sua e ter a chave da casa um do outro já é algo natural. Com tudo isso você pode sentir que mudar para de baixo do mesmo teto seja algo normal, mas isso é digno de muita atenção e consideração.
Cada casal é único, mas em que fase do relacionamento vocês devem estar para irem morar juntos? Uma comunicação honesta é fundamental. Você compartilhou seus objetivos e suas expectativas? Já falaram do que cada um espera para o futuro?
É inevitável, morar juntos irá mudar as coisas. Tenha em mente que os melhores comportamentos em pouco tempo se definharão para revelar hábitos estranhos. O romantismo dá lugar à rotina.
Por isso, faça essas perguntas a si mesma:
- Por que vamos morar juntos?
- Qual é o nosso objetivo?
- A nossa casa será temporária ou permanente?
- Como vamos lidar com as tarefas domésticas?
Muitas vezes os casais têm diferentes razões para irem morar juntos – talvez um simplesmente queira poupar dinheiro no aluguel. Esses tipos de suposições podem afundar as chances de um casal que more junto tenha sucesso antes do que imaginam.
Claro que pode parecer mais fácil e mais barato quando vocês estão passando tanto tempo juntos, se mudar por conveniência, mas isso deve ser um bônus. Se você estiver dando este salto, porque já está “feito”, reconsidere – vocês devem querer viver juntos. Confie em seus instintos; isso deve ser um passo confortável em vez de um salto arriscado, no escuro.
“Morar junto é algo que é fácil de fazer fora de conveniência. Isso torna mais fácil passarem mais tempo juntos, e muitas vezes é muito mais barato do que viver por conta própria. Muitos casais não estão interessados em casamento, o que é bom, no entanto, os parceiros devem pensar sobre isso da mesma maneira para que não haja expectativas conflitantes”, afirma Samantha Joel.
Verifique se vocês estão de acordo e sabem o que cada um quer
De acordo com Tina B. Tessina, PhD, psicoterapeuta e autora de livros sobre este respeito, você deve tratar essa situação de morarem juntos, como se não fossem parceiros românticos. Antes de irem morar juntos discutam o que isso significa para cada um. É um compromisso?
Conversem a respeito do estilo de vida de cada um – um é mais organizado que o outro? Se um ou os dois tem filho, ambos têm o direito de discipliná-los? Como irão dividir o espaço? E a decoração? Se a casa pertence a um de vocês, o outro terá o direito de mexer na casa? Você precisa saber as respostas a essas perguntas antes de se mudar.
Saiba o que fazer se houver problemas
A Dra. Tessina aconselha aos casais que façam alguns acordos sobre o que fazer se não concordarem em algumas coisas, ou se um de vocês sente que algo não está funcionando. É uma boa ideia escolher alguém para ser o mediador ou conselheiro.
Não juntem todo o dinheiro
Exceto se vocês são casados e têm proteção legal – que vem junto com o casamento – não coloquem todo o dinheiro de ambos em uma conta só.
Claro que quando forem morar juntos estarão otimistas com o futuro, mas se o seu relacionamento fracassar, será mais complicado proteger as suas economias.
Se para pagar as contas é melhor uma conta conjunta, faça isso, mas coloque apenas o dinheiro para pagar as contas.
Dividir as tarefas
Para evitar várias brigas em torno de quem faz o quê na casa, os casais devem se sentar e tentar chegar a um acordo sobre a forma como irão dividir as tarefas domésticas.
Comece fazendo uma lista de tudo o que precisa ser feito diária, semanal e mensalmente, como lavar pratos, lavar roupa, limpar a cozinha e banheiro, trocar os lençois, compras de supermercado, pagar contas, e tirar o lixo/reciclagem, etc.
Uma divisão justa do trabalho não significa dividir as tarefas 50% a 50%. Certas tarefas podem ser mais exigentes do que outras ou um de vocês pode ter mais tempo livre que o outro. O que importa é que cheguem a um acordo sobre isso.
Seguindo este guia de sobrevivência para irem morar juntos, verá que será algo muito mais fácil e agradável com o passar do tempo.