Apesar dos seus benefícios e conveniências muito conhecidos pelas pessoas, cada uma dessas cartelinhas possuem uma nuvem escura de dúvidas.
As novas formas de contracepção hormonal podem dificultar a excitação, orgasmo e a frequência do sexo em mulheres, tirando delas toda a alegria e prazer do ato.
“A contracepção em geral é uma maneira maravilhosa de as mulheres planejarem suas famílias”, disse Nicole Smith, coautora do estudo e coordenadora no Indiana University’s Centre for Sexual Health Promotion (CSHP) nos Estados Unidos.
A especialista continua: “É algo que as mulheres costumam utilizar por cerca de 30 anos ou mais, e tem um papel muito importante na vida delas. Se elas experimentam os seus efeitos negativos, podem parar de usar a contracepção corretamente ou completamente”, disse Smith de acordo com um comunicado da Universidade de Indiana.
“As mulheres também devem ser aconselhadas sobre as muitas formas altamente eficazes de controle de natalidade que estão disponíveis atualmente. Mudar para outro método pode funcionar melhor para elas”, disse ela.
O estudo foi realizado com 1.101 mulheres sexualmente ativas, que foram divididas quase que igualmente entre aquelas que usavam uma forma contraceptiva hormonal, como por exemplo a pílula, adesivo, anel ou injeção e aquelas que usavam uma forma não hormonal, como o preservativo, diafragma, coito interrompido, etc.
O estudo, baseado em dados coletados pelo Kinsey Institute’s Women’s Wellbeing descobriu que as mulheres de ambos os grupos relataram níveis semelhantes de satisfação sexual, que incluíam coisas como intimidade e romance, porém as mulheres que usavam contraceptivos hormonais experimentaram menos excitação, menos orgasmos, dificuldades com a lubrificação, diminuição do prazer e atividade sexual menos frequente.
“Um grande esforço foi feito para tornar os preservativos mais prazerosos para os homens”, disse Smith. “Mas você não ouve sobre esse mesmo esforço para reduzir o impacto negativo da contracepção sobre o funcionamento sexual das mulheres. Isso não faz parte da discussão.”
Os pesquisadores examinaram a relação entre métodos de contracepção hormonais e funcionamento sexual, mas Smith disse que poucos estudos foram realizados desde 1980.
O estudo de Smith conduzido com colegas da CSHP e do Instituo Kinsey fornece descobertas atualizadas e também informações importantes para os médicos usarem com o intuito de ajudar as mulheres com suas necessidades de controle de natalidade sem diminuir o prazer.