Não seria maravilhoso se nós pudéssemos escolher o momento ideal e a pessoa por quem nós vamos nos apaixonar? Se para uns isso não passa de sonho ou opção de roteiro para algum filme de Hollywood, para o psicólogo Arthur Aron, isso é algo que pode sim ser controlado.
Isso porque há vários anos o pesquisador coordenou um estudou em que pessoas desconhecidas conversavam com um estranho, respondiam perguntas bem pessoais e se olhavam profundamente sem dizer uma palavra sequer durante quatro minutos. A ideia da pesquisa era que esse tipo de interação pudesse causar um relacionamento estreito entre esses participantes e esse resultado poderia ser comprovado pelo menos com um casal.
Dito e feito. Segundo Mandy Len Catron escreveu no The New York Times, duas pessoas que participaram da pesquisa se casaram seis meses após a realização do estudo.
A ideia pode até parecer inovadora, entretanto, os resultados de Aron foram publicados há mais de 20 anos. E mesmo depois de tanto tempo da divulgação da pesquisa, a escritora Catron ficou intrigada pela ideia do cientista e resolveu testar ela mesma a hipótese. No ano passado, ela convidou um desconhecido para fazer a experiência com ela em um bar.
No estabelecimento, os dois conversaram e responderam a perguntas relacionadas a um possível desejo de ser famoso e sobre seus relacionamentos com suas mães.
Já fora do bar, eles andaram até uma ponte e fizeram a segunda parte do experimento: um olhar no olho do outro com profundidade durante os quatro minutos. Segundo relato da mesma no The New York Times, naquele momento o importante não foi apenas enxergar uma pessoa, mas ver que alguém a enxergava de verdade.
E adivinha só qual foi o resultado? Sim! Os dois se apaixonaram. Apesar de não creditar o fato exclusivamente ao experimento, a colaboradora do jornal americano admite que ele teve a sua importância por ter estabelecido uma conexão forte entre os dois.
Além disso, ela não acredita que seja possível escolher quem vamos amar e afirma que o sentimento não simplesmente surgiu entre eles, mas que foi fruto de uma opção feita por cada um dos dois.