Quando duas pessoas decidem se casar, é bem provável que elas não comecem a união pensando nas coisas que poderiam fazer com que eles se divorciem. Entretanto, por mais que isso soe negativo ou pessimista, é necessário levar em consideração que apesar de ter reduzido, a taxa de divórcios no Brasil não é pequena: foram registrados 341,1 mil divórcios em 2014, o que corresponde a quase 2,5 divórcios a cada mil habitantes, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso quer dizer que as pessoas devem desistir do casamento? Mas nem de longe! Somente significa que é preciso ter a consciência antes de dizer o “sim”, que a tarefa que vem pela frente não é tão fácil e que os dois precisarão se empenhar para manter a relação.
Além disso, a nossa colega Ciência dá uma forcinha neste alerta ao mostrar alguns fatores que colocam um casamento em risco. Confira 10 deles na lista a seguir, vendo se você e seu amado se encaixam em um deles, e caso isso aconteça, fique com o olho ainda mais aberto para mandar o fantasma do divórcio para bem longe de vocês:
1. Casar com menos de 18 anos
Se você tem menos de 18 anos e já está pensando em casamento ou se casou quando ainda era menor de idade, provavelmente ouviu ou vai ouvir alguém dizer que você é novinha demais e deveria esperar para se casar.
Mais do que um clássico da sabedoria popular, essa expressão tem respaldo científico. De acordo com pesquisadores do Centro Nacional de Estatísticas de Saúde dos Estados Unidos, se uma mulher se casa antes de completar 18 anos de idade, as chances de que ela esteja divorciada antes de completar dez anos de união são de 48%.
A boa notícia é que esperar um pouco diminui essa triste estatística: o risco cai para 40% se ela se casar com 18 ou 19 anos, para 29% se o casamento acontecer entre os 20 e os 24 e para 24% se ela subir ao altar com mais de 25 anos.
2. Ter filhas
Essa informação vem da Universidade de Columbia, também nos Estados Unidos. Uma pesquisa feita na instituição mostrou que os casais que possuem filhas têm mais chance de se divorciarem. Quando os filhos são dois homens, as chances que o casamento termine são de 37%, porém, caso o marido e a mulher tenham duas filhas mulheres, essa porcentagem cresce para 43%.
3. Já ter morado junto com alguém
Sabe a tal da bagagem? Aquele passado amoroso que todos nós carregamos antes de entrar em uma relação e como pode acabar influenciando os relacionamentos que ainda estão por vir?
Estudiosos da Universidade Estadual de Ohio, nos Estados Unidos, acreditam que quem tem o histórico de já ter juntado as escovas com um parceiro anteriormente, sem ter se casado oficialmente, tem chances em dobro de se separar do cônjuge quando se casa no papel.
4. A etnia também influencia
Quem contou isso para o mundo foi o Departamento de Saúde dos Estados Unidos. De acordo com eles, uma mulher negra apresenta 47% de ver o seu primeiro casamento terminar em divórcio. Para as mulheres hispânicas, esse número é de 34%, para as brancas é de 32% e para as casadas asiáticas essa porcentagem fica na casa dos 20%.
5. Ser diagnosticada com um grave problema de saúde
Pelo que uma pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, revelou, alguns homens esquecem a promessa feita no altar no dia do casamento e aquela história de “na saúde e na doença” fica só na teoria.
O estudo mostrou que quando uma mulher é diagnosticada com um problema de saúde grave, como câncer ou esclerose múltipla, seus companheiros têm uma tendência seis vezes maior de quererem se divorciar delas.
6. Dependendo da profissão
De acordo com a profissão que você exercer, as suas chances de não conquistar o tão sonhado felizes para sempre podem diminuir drasticamente. Se você for dançarina ou coreógrafa, o risco de ver o casamento terminar em divórcio é de 43%. Já se você for massagista, esse número é um pouco menor: de 38%.
Para os treinadores de animais, a porcentagem é de 22%, e de 19% para os matemáticos. As informações foram divulgadas em uma pesquisa publicada no Journal of Police and Criminal Psycology (Jornal de Psicologia Policial e Criminal, tradução livre).
7. Dependendo da profissão [2]
O mesmo vale para a situação contrária: determinadas profissões possuem chances de se divorciar bem mais baixas do que as apresentadas no tópico anterior, segundo informações da Universidade de Radford, nos Estados Unidos.
Quem é fazendeiro ou dentista tem chances de somente 8% de enfrentar um divórcio. Para os engenheiros, a estatística é ainda mais animadora: o risco de ver o casamento ser desmanchado é de apenas 7%.
8. Começa na infância
Retorne aos momentos de sua infância e reflita: você era uma criança emburrada que não sorria muito, nem ao menos para as fotografias? Então talvez você precise se esforçar ainda mais para impedir que o seu casório termine em divórcio.
Isso porque, de acordo com pesquisadores dos Estados Unidos, quem não sorria quando pequeno chega à idade adulta com cinco vezes mais chance de se divorciar. A justificativa dos estudiosos é que não sorrir demonstra que um indivíduo não possui muito otimismo e, dessa maneira, possui menos habilidade para lidar com os problemas que, inevitavelmente, aparecem em um casamento.
9. Distúrbio de Déficit de Atenção
No caso, não por parte do marido ou da mulher, mas sim do filho do casal. Um estudo feito por pesquisadores das universidades de Nova Iorque e da Pensilvânia, nos Estados Unidos, identificou que ter um filho com Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA) aumenta as chances de um casal se divorciar em 23%, antes que a criança complete oito anos.
A crença dos estudiosos é que o estresse e os gastos que a criação de um filho que possui a condição demandam é o que causa a separação.
10. Ser uma mulher do exército
O cara que casa com uma mulher que serve o exército certamente tem uma ideia do que esperar pela frente, a não ser que ela passe a seguir a carreira militar depois que eles já estiverem casados. Mesmo assim, a tendência de separação para os casais em que a esposa é militar são altíssimos: a propensão de divórcio é de 250% a mais do quando é o homem a pessoa do casal que serve ao exército.