Em um novo artigo da “Harvard Business Review”, Avivah Wittenberg-Cox, CEO da empresa de consultoria de gênero “20-fist”, diz que o apoio à carreira deve ser a regra número um para as mulheres que estão começando a considerar o casamento. Como ela diz, “as mulheres profissionalmente ambiciosas realmente só têm duas opções quando se trata de seus parceiros pessoais – um parceiro que dê um super apoio a ela ou nenhum parceiro”.
Wittenberg-Cox baseou esta afirmação na pesquisa que ela realizou com “casais de dupla carreira”, ou seja, pessoas trabalhadoras que estão em um relacionamento com alguém que também está construindo uma carreira.
Na Harvard Business Review, ela deu três exemplos de mulheres cujas situações ilustravam suas descobertas: alguém que tentava convencer seu marido a se mudar para que ela pudesse aceitar uma promoção muito boa e realmente batalhada; outra mulher que tirou um ano sabático de seu trabalho importante para cuidar da casa para que seu marido pudesse continuar seu trabalho que também era importante; e uma terceira mulher que tentou trabalhar em tempo parcial, mas sentiu-se marginalizada no trabalho e acabou por sair dele e começar um doutorado.
Enquanto as circunstâncias pessoais – crianças, trajetórias de carreira, contratempos individuais – variam de casamento a casamento, Wittenberg-Cox atribui esses persistentes desafios de gênero a percepções cambiantes de papéis de gênero. “O século XX viu o surgimento das mulheres”, escreveu ela. “O século XXI verá a adaptação (ou não) dos homens às consequências desse aumento”.
Em particular, ela descobriu que os casais heterossexuais lutam com essas desigualdades devido a semelhanças entre a dinâmica de poder em jogo no local de trabalho e as que se desenrolam em casa. Ela observa que, apesar de “ter ouvido histórias de parceiros (as) que atrapalhavam a carreira do outro em casais do mesmo sexo” aqui e ali, a desigualdade sistêmica de gênero tem seu maior impacto em casamentos heterossexuais.
Wittenberg-Cox é rápida ao esclarecer que nas famílias onde isso é um problema, os maridos não estão necessariamente empurrando suas esposas para se enquadrarem no papel de donas de casa. Na verdade, ela escreve, muitos homens “estão felizes em ter esposas bem-sucedidas e que ganhem um bom salário. Aplaudem e apoiam suas esposas, isso até que o trabalho delas comece, de alguma maneira, a interferir em suas próprias carreiras”.
Essa última declaração, sobre o que ela chama de “tradeoffs inesperados”, em que um casal tem que tomar decisões difíceis com ambas as carreiras na mesa, fica no centro do ponto de Wittenberg-Cox, e ela conclui que: não é suficiente para um marido aplaudir promoções ou encorajar noites atrasadas e trabalho árduo. Deve haver uma vontade de se sacrificar pelo sucesso global da família – e escolher esse sacrifício de uma maneira neutra em termos de gênero.
Para mostrar que esta ainda não é a realidade, Wittenberg-Cox cita a análise de Joan Williams em um estudo de 2004 sobre mulheres com cargos altos que deixam a força de trabalho para criar seus filhos. “Enquanto as mulheres quase unanimemente descrevem seus maridos como apoiadores”, escreveu Williams, “elas também contam como esses maridos se recusaram a alterar seu próprio horário de trabalho ou a aumentar sua participação no cuidado com os filhos”.
Em essência, Wittenberg-Cox encoraja boas leituras sobre o assunto e que toda mulher realmente pare para pensar sobre isso antes de subir no altar – tanto internamente como com o seu futuro marido – onde ela deverá checar se ele espera colocar seus sonhos de carreira de lado em algum momento quando a vida doméstica precisa de uma atenção extra. Da mesma forma, a mulher precisa decidir se estaria disposta a sacrificar sua carreira pela vida familiar. Se a sua carreira é muito importante para você, isso tem que ser conversado com antecedência, e muito antes do casamento.
E, se você não consegue encontrar alguém que possa apoiar suas aspirações de carreira em igualdade, Wittenberg tem duas palavras de conselho para você: fique solteira.
Tenho um namorado,mas ele ñ liga se eu ñ liga-lo. Devo parar de liga-lo?
Oi. Sou djidja, tenho um namorado mas estamos muitos distantes um do outro. Falamos as vezes uma vezes por dia, mas para mim ñ é suficiente, acho que é suficiente para ele, também ele ñ liga se eu ñ ligar. Será que ele me ama? Como posso saber? Ou devo parar de liga-lo?