A homossexualidade não é algo tolerado no Paquistão, mas o país lidera o ranking de pesquisas no Google por Pornô Gay.
Com certeza essa notícia surpreendeu muitas pessoas, já que a homossexualidade é algo totalmente intolerável nos países muçulmanos.
De fato, o país líder mundial em pesquisas por pornô gay na internet ganhou este lugar devido a ser o que mais coloca no site de pesquisa termos relacionados a sexo entre homens e sexo transexual.
No início do mês de junho de 2013, o centro de pesquisas norte-americano “Pew Research Center”, que sempre busca as tendências e atitudes que moldam os EUA e o mundo, mostrou um resultado em forma de estatística que revelou a tolerância ao homossexualismo em 39 países.
A pesquisa que fez a seguinte pergunta “A sociedade deve aceitar a homossexualidade?” para várias pessoas do mundo todo, chegou aos seguintes números:
A homossexualidade é vista de maneira positiva na Espanha (88%), Alemanha (87%), República Tcheca (80%), Canadá (80%), Austrália (79%), França (77%), Grã-Bretanha (76%), Argentina (74%), Itália (74%) e Filipinas (73%).
Nigéria (1%), Paquistão (2%), Tunísia (2%), Gana (3%) e Senegal (3%) são os países que menos acreditam que a homossexualidade deve ser aceita pela sociedade de acordo com a pesquisa.
O fato do Paquistão estar entre os países menos tolerantes não foi algo que surpreendeu os pesquisadores, já que lá o sexo gay é considerado ilegal de acordo com o código penal paquistanês; porém, o surpreendente foi a comparação deste resultado com o tráfego de busca paquistanês no Google relacionado ao pornô gay.
Segundo Alex Park, um especialista em minorias paquistanesas e ex-membro do parlamento do Paquistão, a perseguição aos gays atingiu seu patamar mais alto nos últimos tempos.
“O extremismo religioso está em alta hoje em dia. Hindus estão sendo forçados a se converterem, cristãos estão sendo queimados vivos, e há pouca segurança para aquelas pessoas vistas como diferentes”
Essa é uma das razões pela qual a busca por pornografia homossexual no Google é tão grande neste país, pois eles não podem vivê-la abertamente.
Em setembro de 2013, em resposta a essa pesquisa, um canal de TV paquistanês (Pakistani TV) anunciou o lançamento de um programa musical que se se passava em uma escola fictícia e abordaria a homossexualidade.
Anunciada como a resposta do país para a série norte-americana Glee, “Taan” aborda o romance gay e extremismo islâmico no meio de uma trilha sonora com clássicas canções de amor.
O diretor Samar Raza admitiu que representar a vida de personagens gays em um país aonde a homossexualidade é algo ilegal, com certeza é um dos seus maiores desafios.
“Um exemplo é uma cena aonde há dois rapazes conversando, e eles não podem demonstrar que sentem atração física um pelo outro, então eu coloco um terceiro personagem que diz ‘Deus criou Adão e Eva, não Adão e Estevam’”, conta o diretor.