Anorgasmia nas Mulheres

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Antes da década de 70, o termo “frigidez” era amplamente utilizado para se referir a várias disfunções sexuais das mulheres.

O mesmo termo incluía desde a falta de orgasmos até o desinteresse na atividade sexual e a inibição da excitação sexual.

Foi a partir dos livros de Virginia Johnson, William Masters e Helen Kaplan que os termos “disfunção orgásmica” ou “anorgasmia” começaram a serem usados para descrever de maneira pontual a dificuldade das mulheres (e homens) de terem orgasmos.

O que é anorgasmia

A anorgasmia é definida como “incapacidade” que uma pessoa tem de alcançar o orgasmo depois de alcançar as fases de desejo e excitação durante a atividade sexual.

Para diagnosticar esta situação como uma disfunção sexual, a pessoa deve apresentar esse problema de maneira recorrente e/ou persistente, mesmo quando a mulher recebe uma estimulação que possa ser considerada adequada em relação a intensidade, duração e tipo para facilitar a excitação e que apresente desejo sexual, interesse e intenção de manter a atividade sexual.

É importante levar em consideração que uma grande parte da população não possui informações sérias sobre a sexualidade e consequentemente sobre os conceitos de “orgasmo” e “anorgasmia”, e por isso a porcentagem das mulheres que sofre com este problema pode ser muito maior do que a estimada.

As mulheres que têm uma história de “doutrinação sexual negativa” por parte da sua religião ou família podem considerar a atividade sexual como algo repulsivo e não costumam chegar à excitação e são relutantes em fazer terapia. Como consequência, elas mantêm a condição de anorgasmia.

Mulheres que sentem ansiedade em relação ao seu desempenho, por outro lado, que têm uma história com pouca relevância religiosa ou parental em relação à atividade sexual, desfrutam mais dela, porém, por estarem expostas à alegação de serem “multiorgásmicas” e “supersexuadas” porque isso caracteriza “verdadeiras mulheres”, também faz com que elas apresentem anorgasmia porque, embora conheçam esses termos, algumas não sabem o significado real, e podem pensar que o orgasmo deve vir acompanhado de gritos, gemidos ou movimentos exagerados na atividade sexual como sinônimos de prazer.

A anorgasmia pode ser causada por vários fatores, incluindo os seguintes: gravidez, climatério, velhice, cirurgias como histerectomia, mastectómica, medicamentos, mutilação de alguma parte do corpo que afete a sua imagem corporal, uso de drogas que alteram a resposta sexual, entre outros.

A falta de educação formal sobre sexualidade, culpa, vergonha, fobias, distúrbios emocionais, relacionamentos ruins tanto no passado como o atual, um ambiente familiar alterado, baixa auto-estima e estresse também pode influenciar e facilitar a presença de anorgasmia.

As disfunções sexuais, incluindo a anorgasmia, são um problema de saúde que requer atenção especializada na terapia sexual.

Relações sexuais insatisfatórias podem levar a uma tensão constante que pode ser refletida no relacionamento do casal, no relacionamento com os filhos, no desempenho da pessoa no trabalho e na interação social.

Se você acha que ou tem certeza que sofre com anorgasmia, procure um terapeuta sexual para que possa tratar corretamente deste problema e assim poder ter uma vida sexual prazerosa.

Você acredita que sofre com anorgasmia? Nunca conseguiu ter um orgasmo em sua vida? Nem sozinha, com a masturbação? Comente abaixo!

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