Entenda por que você pode ser viciada em Facebook, e quais são os passos que deve seguir para acabar com este hábito e se tornar – ou simplesmente voltar a ser – uma pessoa mais produtiva.
O primeiro passo para acabar com qualquer mau hábito é primeiramente entender os gatilhos psicológicos que fizeram com que você começasse a tê-los. Abaixo você verá os 5 que acontecem com maior frequência dentre os viciados em Facebook.
O Facebook tira proveito da sua tendência de procrastinar, ou seja, de deixar as coisas para depois, através da incorporação de um feed de notícias com uma barra de rolagem que vai até o infinito.
Não importa o quanto você a desça, sempre haverá mais memes e atualizações de status para mantê-la distraída de tudo o que você deveria estar fazendo. Por isso, pode ser de grande ajuda você mudar a sua percepção sobre o Facebook.
Em vez de olhar para ele como um lugar para ser sociável ou simplesmente matar o tempo, pense no Facebook como um inimigo da sua produtividade e propósito. Ele não parece mais tão tentador, certo?
O Facebook se assemelha a um reality show chato que está no ar em plena exibição durante 24 horas. Você realmente precisa contar para todo mundo o que comeu na hora do almoço? Ninguém compartilha tais detalhes triviais com a intenção de agregar valor à vida das outras pessoas.
Provavelmente você está fazendo isso porque está sozinha e desesperada para ter a aprovação das pessoas. Querer a opinião de seus amigos para tudo pode ser um sinal de indecisão ou baixa autoconfiança.
Se você receber uma resposta negativa, então pode facilmente culpar alguém, protegendo desta maneira o seu ego.
Esta rede social faz com que qualquer pessoa se torne facilmente uma espiã. Existem dois principais motivos de isso acontecer e nenhum deles é muito bonito.
Se você está espionando o perfil do seu ex, então provavelmente está vivendo no passado. Procure ajuda profissional caso não esteja conseguindo parar de fazer isso. Se está navegando frequentemente pelo perfil de um paquera, tente parar de fazer isso e o chame para uma conversa ou um encontro!
Ficar espionando outras pessoas pelo Facebook também pode ser uma maneira de “miséria autoinfligida”. Já é difícil resistir à vontade humana de se comparar a outras pessoas, e o Facebook torna isso ainda mais fácil!
O Facebook tira proveito do seu desejo de gratificação instantânea. O seu cérebro recebe uma dose de dopamina cada vez que a notificação vermelha lá em cima acende.
A dopamina é uma substância química do seu cérebro que faz com que você busque o prazer em coisas como comida, sexo e drogas.
Em teoria, o prazer pode soar como algo bom, mas a dopamina é responsável pelo comportamento autodestrutivo. Assim, tornar-se um escravo das suas notificações pode destruir o seu autocontrole rapidamente, e como se isso não fosse ruim o suficiente, o desejo humano de ser amado e aceito está em jogo também. Toda vez que você ganhar um “like”, seu cérebro decide que isso significa que alguém gosta de você.
Continue assim e você se transformará em um viciado desesperado por mais um “like”.
O Facebook tem um certo poder de destruir o seu foco, aproveitando-se do seu medo de perder. Você checa o seu feed durante um encontro, porque não quer perder nenhuma atualização interessante. Checa suas mensagens enquanto dirige, porque um amigo deve ter algo interessante para compartilhar. Não importa se isso pode fazer com que você acabe com o seu encontro ou com o seu carro, inclusive até te matar.
As possibilidades são infinitas, por isso realmente tudo isso vale a pena. É claro que isso foi um sarcasmo, caso não tenha percebido.
Agora, se você está pronta para acabar de vez com o seu vício no Facebook, siga estes cinco passos:
Você não pode resolver um problema se não admite que ele existe. Não adianta se bater ou chorar, mas tente ser honesta o suficiente para admitir que é viciada no Facebook. Não há nenhuma razão para se envergonhar. Contar isso a um amigo de confiança poderá ajudá-la a ter forças, especialmente se eles compartilharem o mesmo vício.
Pode ser que nem tudo falado anteriormente se encaixe perfeitamente em você, mas tenha consciência do que é relevante no seu caso e concentre-se neles. Se não tiver certeza, veja esse exercício de reflexão que pode te ajudar.
Ele irá revelar por que está sendo tão difícil para você acabar com esses hábitos. Escreva os seguintes detalhes diariamente até identificar algumas tendências comuns:
Esta etapa é a que vai quebrar o domínio do Facebook em você, desde que você seja consistente. Toda vez que sentir o desejo de atualizar seu status ou verificar o seu feed, reconheça para que e como é este impulso, se é um comportamento habitual e não uma decisão consciente.
Quando você concluir a etapa número 2, essa será especialmente poderosa, porque será capaz de saber o que provoca esses hábitos.
O Facebook é uma maneira épica de passar o tempo sem ser produtivo, mas isso não significa que você deve criticar a si mesma cada vez que entrar na rede social.
Os psicólogos consideram a procrastinação, ou seja, o ato de adiar uma ação, um mecanismo de enfrentamento equivocado. Ficar se culpando faz com que você se sinta mal quanto a si mesma, o que, ironicamente, lhe deixa ainda mais tentada para seguir fazendo a mesma coisa.
Esse tipo de sentimento só pode te levar ao fracasso, como por exemplo ao decidir que é impossível parar de fazer isso porque é “preguiçosa demais”, e se quiser quebrar este vício, irá precisar ser autocompassivo.
É muito mais fácil acabar com um hábito ruim quando você decide substituí-lo por um bom hábito. Uma ideia, por exemplo, é toda vez que se sentir tentada a atualizar seu feed de notícias, pegue um livro e leia, e assim esses seus “alguns minutos de inatividade” podem se tornar bem mais úteis.
Ter uma métrica específica para rastrear o tempo que você gasta é importante. Se você precisa ter provas convincentes de que seu tempo seria melhor gasto em outro lugar, esta é uma maneira.